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A mostrar mensagens de dezembro, 2012

O polvo...

Interessante é pegar no polvo que esteve a descongelar, abri-lo e descobrir que ele deve ter sido um duplo pouco afortunado nalgum filme da national geographic. É que o bicho não só tem três tentáculos parcialmente amputados como tem ainda dois que são simples cotos. Tentáculos a sério, só três. Em suma, adeus filetes de polvo, nem sei bem se dá para arroz, e vou mas é melhorar a diversidade das entradas a ver se a coisa passa desapercebida... Ou seja, coziiiiiiinha, me aguarde! ;)
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Pelo Sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma demos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia-a-dia. Chegamos? Não chegamos? Partimos. Vamos. Somos. Sebastião da Gama

Cresçam lá, dias

Depois do Natal um saltinho de pardal, em Janeiro um saltinho de carneiro, em Março tanto durmo como faço... Os dias vão finalmente começar a crescer. Ainda bem, que isto de ser noite às seis da tarde é muito depressivo...

Conversas em família

-Ó mãe, os políticos têm todos aquele jeitinho para errar? - Como é? -Sabes, eles têm aquele jeitinho especial de fazerem as coisas e ninguém fica feliz... A política aos olhos de quem tem 10 anos merecia melhores desempenhos. Bem, quem diz 10 diz outra idade qualquer....

Bom Ano

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Reiterar o reiterado. O que vos desejo mesmo? Saúde, em primeiro lugar. Se é uma porcaria ter falta dela, neste país onde os recursos se cortam às cegas estar doente é quase um crime, como se o sofrimento de estar doente não bastasse. Saúde pois. Amor. Faz falta o amor, e não falo (só) do aconchego conjugal. Falo do amor por aqueles que nos rodeiam, do afecto, da empatia, da capacidade de criar laços e de exprimir afeição, da paciência de ouvir e da capacidade de ter a palavra certa, ou saber ser silêncio, se for caso disso. Também vos desejo dinheiro, e porque o euromilhões não sai a todos, desejo-vos trabalho, um trabalho que gostem de fazer e vos realize, mas também que permita uma carteira capaz de satisfazer as vossas necessidades. E mais? Desejo-vos poesia no olhar, asas nos sonhos e mangas arragaçadas para não virarmos as costas aos desafios que por aí virão. E vozes afinadas pelo mesmo diapasão. E capacidade para sermos felizes porque acordamos todos os dias, temos quem nos
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" Foi o sorriso"... Gosto de sorrisos, de pessoas que não têm medo de sorrir e sobretudo de olhares que sorriem. Aliás, acho que o melhor sinal de vida nem deveria ser o coração que bate mas o olhar que sorri. O Sorriso - Eugénio de Andrade Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

Gostar de gostar de ti

Gostei de ti sem saber porquê. Sabia que gostava e isso chegava-me. Clara vitória da intuição sobre a razão. Ou lembrar-me-ias de alguém, se calhar até fora isso. Gostamos de quem nos lembra outros de quem gostáramos? Depois foram chegando os sinais de que se calhar a intuição estaria errada. Não que fosses pior ou melhor, simplesmente não eras o que eu imaginara.(Ninguém devia dar-se ao trabalho de imaginar os outros). Mas do puzle que eras, conhecia meia dúzia de peças, as outras eram todas minhas, inventadas, encaixadas à força numa imagem que nunca fora tua mas era infinitamente melhor, pelo menos para mim. No fundo, enganava-me. E tu desenganavas-me. Mas eu preferia continuar assim. A preferir a personagem à pessoa. ( e isto não é autobiográfico, baseou-se numa certa tendência que as pessoas têm em querer transformar os outros em algo que eles não são)

Nham, nham

Há coisas que me transcendem, como andar a empanturrar-me com doces (ai as rabanadas,o leite creme, o pudim, a aletria,e...), salgados (queijinho para que te quero) e pãozinho, e conseguir pesar menos. Começo a suspeitar que o sentimento de culpa emagrece. Ou isso ou algum exercício extra que me anda a escapar.

Presépio

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Mais do que o "nosso" presépio, foi durante muito tempo o símbolo da nossa própria família. Depois passamos de 3 a 4, e a simbologia foi ultrapassada pela realidade. Ainda assim, continua a ser o nosso presépio mais que especial. S. José, alto e protector, Maria mais pequenina, colo perfeito do Menino cujo corpo se (con)funde ainda com o da Mãe

No meu sapatinho

O meu Natal era o natal dos cheiros a fritos e a canela, do bacalhau cozido (de que não gostava nadinha, mas que acompanhado pelo molho de azeite fervido com alho e cominhos, até sabia bem...), da aletria, das rabanadas, de jogar cartas, ou ao rapa, à mesa com os meus pais, irmã e avós paternos, acompanhados pelos programas de Natal da RTP. Não havia cá presentes na árvore, ou se os havia não me lembro, havia sim um presépio com muitos personagens e musgo que se apanhava no quintal. Mas era também o Natal do sapatinho. De ir para a cama com a ansiedade do dia seguinte. Levantar a meio da noite e ir à cozinha. Chamar a minha irmã com um "Já chegou", e abrirmos as duas os nossos presentes. Os meus eram habitualmente livros e passava o resto da noite a ler. Lembro-me que era bem grande, vergonhosamente grande (dentro do meu metro e meio mais IVA... ) quando se decidiu lá em casa que não fazia sentido pôr o sapatinho. Fiquei mesmo triste. E no fundo sempre achei bonita essa tradi

O amor sente-se, as manifestações de amor ensinam-se

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Revisões sobre o Estado Novo, já lá vai um ano. Para a mais velha com a mais nova ao lado. Agarrei na imagem da Trilogia do Estado Novo (que nos meus testes é "sagrada"), e vai de lhes perguntar: então onde está aqui Deus? e a Pátria? e como está caraterizada a Família?" E foi aqui que surgiu o busílis da questão. Pois que eu lá estava a explicar: o rapaz com o uniforme da Mocidade Portuguesa,  a menina a brincar com tachos e panelas, preparando-se para as que seriam as suas tarefas quando crescesse, a mãe à volta dos tachos, a mesa posta, e o pai chegando a casa do trabalho, o centro para onde todos olham, chegando do trabalho... E diz a mais velha, num estilo que lhe é peculiar: É praticamente como cá em casa! Sem tachinhos nem bonecas, nem uniformes, nem uma mãe que está sempre em casa, nem um paí que vem de sachola (é mais pasta e todos os "ais" pades, podes e fones...). Mas de facto desde pequeninas que foram habituadas a correr pela casa quando a por

Dizzy

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Ao contrário do esperado, Dizzy Dog não atacou a árvore de Natal, mas engraçou com a almofada do Menino Jesus, que após uma série de quedas desamparadas se viu obrigado a migrar para uma prateleira fora do alcance canino, em vez de ficar c omo é tradição, na mesa de apoio da sala. Em desespero e claramente possuído pelo maligno espírito que o levava a tais heresias, Dizzy vinga-se nos cigarros. Ou antes, na caixa. E eu, que tenho que acabar de corrigir os testes, já estou por tudo. Depois aspira-se...
O mural do facebook é o eco do nosso pensamento, o acumular de pensamentos de outros em que nos revemos ou a que achamos graça, o relato do que fazemos, de coisas que acontecem, projectos e sonhos, livros que se leram, músicas que nos marcaram, enfim, mantas de retalhos como retalhada é a vida. Mas há dias em que simplesmente não chega. Há dias em que efectivamente faz falta a conversa taco a taco, o desabafar, ouvir, rir em sintonia direta. E nesses dias tem-se a certeza de que as redes sociais valem o que valem mas nunca substituirão uma boa conversa numa esplanada...

Aulices

( a propósito das causas da crise da igreja católica no período pré reforma luterana, e para explicar o que levava alguns nobres a seguirem a vida religiosa...) - Uma vez que os bens passavam todos do pai para o filho mais velho, como é que os outros irmãos podiam fazer para continuarem com o mesmo estilo de vida? Três ao mesmo tempo: -Matá-lo! -Matá-lo???? -Sim... Matar o irmão mais velho, stora...

Nem gosto do Natal

-Sabes, eu nem gosto do Natal...- disse-me. Perguntei-lhe porquê. Respondeu-me de imediato: porque foi no Natal que morreu o tio. -Mas tu nem convivias muito com o tio... - tentei eu minimizar o tom triste com que falava. -Pois não. Mas gostava dele. E tem razão. Já vai fazer um ano. Como o tempo passa...
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SMS de amor...

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Alguns acabaram o teste mais cedo, e ainda atiraram o barro à parede: podemos sair mais cedo? -Claro que não, respondi-lhes. -Podem fazer desenhos, escrever uma carta à namorada... E responde-me um : "Agora já ninguém escreve uma carta, agora é uma sms toda seca, tipo amo-te..." E acrescenta outro: "ó stora, e quando a gente manda uma mensagem toda sentimental, cheia de palavras, e ela responde OK" ? Se eles soubessem a magia e a importância que as palavras podem ter...

Vai-te embora tosse

Cada vez que tosses (e essa tosse é tão funda, feia, parece que quer rebentar os tímpanos, arranhar a tua garganta e a minha alma), estremeço. Tudo por causa de todas as tosses que ecoam na minha memória. Das noites em que só conseguias dormir com a cabeça sobre minha barriga, e ficávamos as duas encostadas, meio sentadas, a descansar os olhos. Das infindáveis nebulizações, dos pulmicorts, ventilans, das gotas do celestone ou do rosilan. Dos seis medicamentos tomados ao pequeno almoço. De te subornar com um bocadinho de chocolate, ou com uma azeitona, para tomares aquelas coisas todas... De me dizerem que tu, que andavas aos saltos pelo corredor da urgência, tinhas dois terços do pulmão direito apagado. E que tinhas que pôr um dreno. E que afinal havia septos a impedir a saída do líquido. E, e, tantos is. Que passaram, e voltaram, que a tua história passa-se à volta de coisas "súbitas", "exuberantes" e "atípicas". Felizmente, de tudo ficaram depois as boas