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A mostrar mensagens de agosto, 2014
Os infanticídios não são um fenómeno do séc. XXI. Bem vistas as coisas, temos até ao séc. XVIII (em alguns casos até mais tarde) uma mortalidade infantil elevadíssima, a que não é alheia a morte provocada voluntariamente ou por negligência, potenciada pelos parcos cuidados de higiene e de saúde. Bebés enfaixados, bebés entregues a amas e criados longe das mães ou deixados na roda. A passagem de be bé a criança era um instante e o trabalho infantil era comummente aceite. A criança era um adulto em ponto pequeno. Em época de casamentos combinados por interesses, o amor conjugal era uma sorte mas o amor materno/ paterno também o era. Quase um descomprometimento afetivo para com os filhos que a qualquer momento morriam. Esta situação foi mudando com o tempo. Vivemos em tempo de direitos. E contudo, pais matam filhos, filhos matam pais, abandonos generalizados, como se à inexistência dos afetos sentidos corresponda uma incapacidade mental de agir como é suposto. Como se expl