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A mostrar mensagens de julho, 2016
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A sensação de incredulidade deu lugar à incapacidade de aceitar uma partida tão inesperada quanto dura e injusta. Foi um roubo descarado, um tirar o tapete, o apagar de alguém que era farol para tantos, que brilhava em tantas áreas, que sabia ouvir, que era a voz dos que a não tinham, que vi mais vezes exaltar-se defendendo direitos alheios do que a defender os próprios. Era daquelas pessoas que fazem falta ao mundo. Com um sentido de estética apurado, um rigor cirúrgico, um ... profissionalismo irrepreensível. Uma capacidade de entrega, sempre disponível para ajudar apesar das mil e uma atividades em que estava envolvido. Ajudar por ajudar, sem cobranças, como fazem os Homens bons. E ele será sempre recordado como um Homem Bom. Era uma árvore que cresceu com muitos braços, e todos os braços vingaram viçosos e deram flores e frutos diferentes mas igualmente belos. Semeava afetos. Embelezou muitos momentos e muitas casas com as suas obras de arte. Tinha sempre uma palavra para os out
Tenho acompanhado o masterchef júnior, embora passe a vida a arrepiar-me e a fechar os olhos quando vejo os miúdos de faca na mão e fique com imensa vontade de entrar pelo écran e dar um abraço cada vez que um concorrente desaba em lágrimas. Um dos miúdos que saiu, o Gonçalo, foi alvo de críticas violentas por ser um miúdo arrogante, convencido, que se colocava sempre em primeiro lugar e que chegou a dar indicações erradas a outro concorrente com clara intenção de o prejudic ar. Claro que todos sabemos que isto está errado. Mas todos vemos diariamente adultos cheios de si, que se acham mais espertos do que os outros só porque os ultrapassam pela direita ou cortam caminho por portas travessas, que acham sempre que a culpa é dos outros quando as coisas correm mal, que não aceitam uma critica, que sabem sempre tudo mas na hora de ajudar fazem-se de sonsos e assobiam para o lado. Está certo, o miúdo é só um miúdo. Não devia ter perdido, ainda, aquelas qualidades que todos os miúdos dev