O
mais certo é ligarmo-nos aos que nos parecem semelhantes, aos que
admiramos, aos que estão de acordo com o que dizemos, aos que nos são
familiares mesmo sem os termos conhecido, aos que até contamos coisas
privadas (se calhar porque não são conhecidos), aos que partilham as
mesmas histórias ou se debatem com os mesmos desafios. Há três anos, a
minha página inicial estava recheada de imagens e textos
sobre a felicidade, o amor, a persistência. Depois veio a fase das
manifestações, das revoltas (e aqui era curioso aparecerem amigos da
esquerda, da direita, do centro e os desalinhados- e às vezes os
desalinhados pareciam-me os mais politicamente acertados de todos) e
manifs, e greves. E também os grupos solidários, cuja luta diária é tão
meritória que devia ter mesmo um destaque maior. Agora, de um momento
para o outro são notícias constantes de crianças, jovens e adultos que
necessitam de suporte financeiro para fazerem tratamentos contra o
cancro no estrangeiro. E assisto a verdadeiros milagres de solidariedade
para alguns deles, mas penso: e os outros?
E é aqui que me revolto. Um estado que não assegura os cuidados de saúde para os seus cidadãos, serve para quê? Um estado que abandona os idosos serve para quê? Uma estado que sujeita o ensino a reformas constantes e quer reduzir alunos a números serve para quê? Um estado que fala de desemprego como um mal necessário para uma crise que não consegue resolver, vendo as situações das pessoas como danos colaterais, serve para quê? Um estado que ignora os que quando a noite cai surgem de todos os lados como cogumelos para dormirem na rua serve para quê? E já agora, pagamos impostos para quê mesmo? E não me venham com a crise do estado providência e com o neoliberalismo, reinventem-se teorias e sistemas, que este definitivamente está para além de moribundo.
E é aqui que me revolto. Um estado que não assegura os cuidados de saúde para os seus cidadãos, serve para quê? Um estado que abandona os idosos serve para quê? Uma estado que sujeita o ensino a reformas constantes e quer reduzir alunos a números serve para quê? Um estado que fala de desemprego como um mal necessário para uma crise que não consegue resolver, vendo as situações das pessoas como danos colaterais, serve para quê? Um estado que ignora os que quando a noite cai surgem de todos os lados como cogumelos para dormirem na rua serve para quê? E já agora, pagamos impostos para quê mesmo? E não me venham com a crise do estado providência e com o neoliberalismo, reinventem-se teorias e sistemas, que este definitivamente está para além de moribundo.
A minha mensagem de hoje para você é:
ResponderEliminarA vida é curta, quebre as regras, se apaixone, beije demoradamente,
ame verdadeiramente, ria incontrolavelmente, e nunca deixe de sorrir,
por mais estranho/pequeno que seja o motivo.