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A mostrar mensagens de dezembro, 2018
Estava em modo de ecografia, quando subitamente o ouvi. Todo despachado, num som que me foi familiar e me trouxe tão boas recordações. Recordações de ouvir bater corações dentro de mim. Corações que batiam bem mais depressa do que o meu. Corações que sendo a razão do meu coração, valiam (valem) tão mais do que ele. Percebi que ouvi muitas vezes os corações delas. Das minhas filhas. Ainda não as conhecia, não lhes sabia dos traços, nem do choro, nem dos sorrisos. Mas já sabia como soava o seu coração. Hoje, conscientemente, percebi que afinal anda por aqui um coração que galopa nas emoções e bate cheio de vontade. E eu, que sinto e penso contigo, tão mais vezes do que devia, tenho de confessar que me fez muito bem ouvir-te, coração!
Conjugo o não gostar de ir ao médico com um certo desleixo relativamente às mazelas que me vão aparecendo, arranjando desculpas e aguentando as dores até que passem (porque "é um vírus", ou " é uma coisa", ou " isto dá-se 3 dias e passa", mesmo que por vezes tenha que acrescentar mais uns dias além desses...). Desta vez, foi uma enfermeira que alertou: é melhor marcar consulta com o seu médico de família, ou ainda o perde. Porque realmente não andava a sentir-me bem, assim o fiz. A 22 de outubro consegui consulta para 5 de dezembro- uma quarta à tarde, para não faltar às aulas. E não poderia ter sido uma data melhor escolhida... No dia da consulta, fui sentindo acentuar-se uma sensação de vertigem que volta e meia me acompanha e me faz andar de olho em paredes e corrimãos (espero que o plural seja este), não vá efetivar-se em queda. De tal modo que o meu regresso a casa, no fim das aulas, foi de taxi.Não estava em condições para arriscar o autocarro. Ch