As rugas...

As rugas são as linhas escritas pelo tempo . Enquanto uns as querem apagar, outros valorizam-nas como se cada traço revelasse este dia importante ( e a vida está cheia deles), aquele problema que entretanto se resolveu, o medo superado ou a mágoa que se guardou lá no fundo do baú da memória. E confesso que encontro beleza naqueles rostos puros e enrugados que se encontram por aí. Sobretudo quando são acompanhados por uns olhos que transbordam vida e o sorriso sereno de quem já sobreviveu a tempestades suficientes para saber que a bonança acaba por chegar. Na sociedade das fugas ( da realidade, dos outros, de si próprios), era bom começar a valorizar as idades per si. Acabar com a idolatria em relação à juventude. Que tem inegável valor, sim. Mas há conhecimentos que só se atingem com a experiência, e esta só se adquire vivendo. Todas as idades têm os seus encantos. Mas as pessoas passam o tempo a suspirar pelos encantos de uma idade que não é a sua...
E dizia alguém: sabes quando é que uma pessoa se acha velha? Quando se preocupa em aparentar ser mais nova do que é...

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