Há conversas que nos sabem bem no momento, filmes/ livros de que gostamos, com os quais choramos e rimos, narcotizantes intervalos da vida real que não deixam memória alguma para além do momento bem passado, pessoas que convivem connosco como a brisa agradável que nos alivia do calor excessivo de um dia de verão e depois segue o seu caminho. E depois há aquelas pessoas, aqueles filmes/livros, aquelas conversas que parecem novelos cheios de pontas soltas, de pormenores que aos poucos vamos digerindo, como peças aparentemente soltas de um puzzle que aos poucos vamos conseguindo conjugar. São aqueles momentos tipo brainstorming, em que as palavras, as ideias, as imagens se sobrepõem em múltiplos planos. Parecem feitos de areia e luz. E contudo, quando os olhos do entendimento se habituam, tudo faz sentido! Gosto desse tipo de pessoas/ de conversas/ de filmes/ de livros/ e por aí fora, que não acabam com um " fim", ou um " adeus", que nos deixam com uma inquietude estranha e ficam a pairar, prontos para aparecerem inesperada e involuntariamente, e assim darem mais sentido a tudo o que antes deles só aparentemente o tinha...

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