Vidas separadas

Sei que não é civilizado, nem politicamente correto. E admiro de coração aqueles que conseguem acabar relações e continuar amigos dos ex-. Mesmo. Mas não me parece que conseguisse olhar para ti e não ver o teu que é o meu olhar. Sem te fazer uma festa, sem ter a tua mão na minha cintura, sem  o sopro que antecede um beijo no meu pescoço quando passas por mim. Caminhar na rua sem ser de mão dada contigo. Imaginar-te sequer com outra pessoa. Olhar-te à distância, ver-te outro, com outros. Por isso, de facto, se um dia acabar, é mesmo para acabar. Eventualmente poderás escrever-me. E eu respondo. Sem voz, nem rosto. Só palavras, e se tiver mesmo que ser. Cada um segue o seu caminho. Que perder-te seria como perder um bocado de mim. E eu não queria ver um bocado de mim por aí, fora de mim, a lembrar-me do que foi e já não é, a fazer lembrar do que poderia ter sido...

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