Sempre tive tendência para associar pessoas à sua caligrafia. Deformação profissional, talvez. Intrigam- me as caligrafias que assumem, na mesma pessoa, estilos absolutamente diferentes. As letras inclinadas para a frente, habitualmente com "tês" e "pês "com hastes prolongadas, as caligrafias de " às " triangulares, em base a formar linha reta, típica dos que se habituaram a escrever guiados por réguas e que mesmo sem elas, continuam a imaginar réguas imaginárias. As letras grandes, redondas, enlaçadas como cadeias de uma corrente, as letras pequeninas, delicadas, escritas quase a medo. As letras maiúsculas, a democratização em grande de todas as palavras. E as minúsculas, todas minúsculas, numa versão mais proletária da coisa. As letras infantis, a letra " à primária", redonda, certinha... Há quem diga que têm um significado. O computador matou essa magia que a escrita manuscrita tem. Por isso, um dia destes proponho que cada um poste o seu verso preferido escrito com a sua própria mão. O que acham?

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