Às vezes apetecia-lhe ser um solitário nada. Daqueles nadas que flutuam na atmosfera, livres, anónimos, sem ter quem os agarre ou os prenda. O nada é leve. O tudo prende. E ela precisava de aliviar o tudo que a tolhia e tirava o ar. Sonhava pois nadificar-se. E um dia percebeu. Que o tudo a abafava tanto, que o tudo a tornava nada. E que ser nada seria pois para si ser tudo o que o tudo a impedia de ser... ( às vezes, paro de corrigir testes. E escrevo.)

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