Digamos que para nós Ele era a aldeia. Apesar de a ter deixado pouco depois dos 20 anos, no início dos anos 50, e ter regressado mais de 40 anos depois. Porque sempre se assumiu transmontano de nascimento, crescimento e feitio. O ponto alto da vida na aldeia era/ é a festa de S. Bartolomeu, a 24 de Agosto. Dia de juntar a família, de madrugadas no forno a lenha para assar o leitão e o cabrito, de procissão, e visitas da família. Com a sua morte, foi um bocado da festa que morreu. Bem, nos primeiros anos, foi a morte da festa toda. Passar o dia de festa na aldeia era prolongar/agudizar a sua falta, a dor da sua ausência. Este ano, pela primeira vez, voltou a ser 24 de Agosto na aldeia. Um acto de coragem de quem ficou. Lembrando a toda a hora aquele que partiu. Porque em certos momentos aqueles que partem parecem regressar, por todas as memórias que construíram enquanto estiveram connosco.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto

No meu tempo...