Digamos que para nós Ele era a aldeia. Apesar de a ter deixado pouco depois dos 20 anos, no início dos anos 50, e ter regressado mais de 40 anos depois. Porque sempre se assumiu transmontano de nascimento, crescimento e feitio. O ponto alto da vida na aldeia era/ é a festa de S. Bartolomeu, a 24 de Agosto. Dia de juntar a família, de madrugadas no forno a lenha para assar o leitão e o cabrito, de procissão, e visitas da família. Com a sua morte, foi um bocado da festa que morreu. Bem, nos primeiros anos, foi a morte da festa toda. Passar o dia de festa na aldeia era prolongar/agudizar a sua falta, a dor da sua ausência. Este ano, pela primeira vez, voltou a ser 24 de Agosto na aldeia. Um acto de coragem de quem ficou. Lembrando a toda a hora aquele que partiu. Porque em certos momentos aqueles que partem parecem regressar, por todas as memórias que construíram enquanto estiveram connosco.
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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