Esperança
Esperança era o nome da primeira confeitaria que abriu na rua onde eu cresci. Cheirava a bolos, a pão quente, e deixava toda a gente a salivar só de olhar para a montra repleta de bolos e sentir aquele aroma fantástico e até aí desconhecido. Imagino que fizesse as pessoas andarem mais depressa, para lá chegarem. Hoje ainda existe. Do grande que me parecia, foi-se apequenando consoante eu fui crescendo, já não tem a montra repleta de bolos, se calhar porque agora há muita concorrência, ou as pessoas andam a fazer dieta. Quando as pessoas chegam à Esperança, pedem um café e ficam sentadas como quem espera, a conversar sobre a vida.
Neste momento (e, apesar de a Esperança ser a última a morrer), "ela" está um pouco cansada... anda escondida e expectante sobre o Futuro. Ela está à espreita à espera do momento certo para voltar a aparecer. Eu tenho esperança...
ResponderEliminarPercebo-te... Também ando apreensiva.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar