Traições da memória
"Há pessoas que se recordam e outras que se sonham." (Carlos Ruiz Zafón)
Esta afirmação dava muito que escrever. Será que é possível recordar,
objectivamente, aquilo que se viveu subjectivamente? E quantas vezes se
vive uma realidade como quem a sonha, ou seja, perspectivando os factos
não como eles são mas como se gostaria que fossem, justificando
injustificáveis, desculpando o indesculpável, compreendendo o
incompreensível, ou antes, incompreendendo aquilo cuja compreensão
inviabiliza a aceitação. Assim, se calhar, todas as pessoas terão,
relativamente ao seu passado, recordações reais e recordações
sonhadas...
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