O meu vizinho

Tudo começou com um desmaio, enquanto estava a conduzir. Profissionalmente guiava camiões com cargas perigosas, foi uma sorte não ter acontecido nada de maior. Julgava-se que tinha um tipo de epilepsia, mas acabou por concluir-se que é cancro no cérebro. Não pode ser operado. Tem duas filhas pequenas- a mais velha terá 10 ou 11 anos. Neste momento anda muito devagar, como se estivesse em constante equilíbrio. Não há prognósticos, ou se calhar não os partilha (pelo que sei quando a esperança é reduzida os médicos dão prazos à vida das pessoas como se estivessem a falar de iogurtes... e desculpem-me mas essa história dos prazos mexe comigo, porque no fundo todos temos um prazo, se calhar é preferível não o sabermos e termos apenas a consciência de que ele existe para não desperdiçarmos o tempo que temos.). Falo do meu vizinho da frente. Passei agora por ele, e não conseguia escrever sobre mais nada.

Comentários

  1. tens razão.. e sinto a tua revolta...
    Ouvir dizer e falar de casos comove,,, mas estou do teu lado.. conhecer e viver estes casos torna-nos muitio frageis,,
    Resistencia, precisa-se,,
    Bjs.

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