E com este post perdi algumas amigas facebookianas... Paciência.
Parece
que há quem pense que a vida é o que se publica no facebook. Há vida
para além disto, a montante e a jusante. Algumas das coisas mais
importantes que acontecem não passam por aqui, assim como há aquelas
coisinhas do dia a dia que nos comem tempo mas que não dão assunto. Isto
não é um diário- para mim, foi durante algum tempo uma espécie de álbum
de recordações, agora é mais um ponto de encontro
com amigos que fui conhecendo, e outros com quem deixei de estar
pessoalmente. Por vezes será também um ponto de fuga, e um momento de
enriquecimento- graças à criatividade, originalidade, forma de
transmitir o mundo, seja pela imagem ou pela palavra daqueles que temos a
sorte de ter como amigos. Dizem que as pessoas que estão muito tempo no
FB são solitárias, ou que o FB torna as pessoas infelizes. Se calhar,
tudo vai de quem se tem adicionado. Há pessoas que demonstram a sua
humanidade em todas as suas dimensões e por isso nos sossegam na nossa
própria humanidade, que é feita de fragilidades, fraquezas, mas também
de capacidade de voltar a nascer tantas vezes quantas as que forem
precisas. Outras pessoas limitam-se a dar o seu lado de personagem,
entre o "ó pra mim, sou tão feliz", e o " a minha vida é uma desgraça,
sou a mais infeliz das pessoas", como se tivessem que ser o top, no
melhor e no pior. Se calhar porque o equililibrio, sendo morno,não
mereça inscrição. Discuto a utilidade do FB como meio de obter
informação sobre a vida alheia. Para quê? Que interesse tem a vida dos
outros? Interessa sobretudo o que os outros acrescentam à sua vida, que
às vezes pode ser uma lição para as nossas próprias vidas. A agora
vou-me à vida, que a minha vida não é esta. (livrem-se de comentar que
"se não é, parece...")
Comentários
Enviar um comentário
Também divagaram: