Era tão fácil se fossem(os) todos um bando de acéfalos oportunistas
viciados nos pequenos e grandes poderes, sem capacidade de questionar,
de pensar, de provocar. Era tão fácil substituir o sonho pelas palas, o
desejo de voar pelo conforto do rastejo. Era tão fácil dizer
convictamente que cada um tem aquilo que merece, cruzar os braços num
sofá qualquer perdido em clichés partilhados- "antigamente
é que era bom"ou " agora estamos melhorzinho", " é a vida" ou o golpe
de misericórdia que é o "nunca pior", haja saudinha". Mas não, há quem
tenha muito valor e continue aqui, a lutar por um país melhor, mesmo
tratado como cidadão de segunda, infantilizado, explorado,
subalternizado. Um país que não merece os seus?
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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