Foi
a professora de Psicologia, no secundário, que nos contou. Sobre a
mesma turma, a uns professores disseram que os alunos tinham imensas
capacidades, eram trabalhadores e motivados, a outros professores
informaram o oposto, que os alunos não gostavam de aprender e tinham
muitas limitações. Ao fim de uns meses, os primeiros diziam maravilhas
das aprendizagens dos alunos, os segundos reforçavam a
ideia de que o aproveitamento era fraco e nem valia a pena pensar muito
no assunto porque os alunos eram limitados. A história ficou-me e até
hoje sempre me recusei a reduzir o aluno a uma nota, ou a perguntar que
nota traz de anos anteriores. Provavelmente na disciplina que leciono
isso é mais praticável do que noutras - mesmo com o mesmo professor é
possível ter negativa num teste é bom no outro, a diferença passa muitas
vezes por estar atento e estudar. Mas penso que se me agarrasse a notas
passadas ( minhas ou de outras pessoas) ía sentir que estava a limitar
as possibilidades, ía cair em preconceitos. E os preconceitos falseiam a
verdade. Ou impedem-na de existir...
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