Encontramo-nos no autocarro. Homem feito, continua a tratar-me por
"stora", embora já não seja meu aluno há uns seis anos. Mostra-me fotos
dos filhos, ainda pequeninos, fala-me da vida e dos projetos que passam
por tentar a sorte lá fora. De um momento para o outro percebo que estou
há nove anos na mesma escola, e até nisto isso é um privilégio. Vê-los
crescer, perceber que o vendaval da adolescência da lugar à acalmia (
mesmo que relativa, que a vida não é fácil) do jovem adulto. Longe vão
os tempos do sétimo agá. E como passaram tão depressa.
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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