Quando a lei de proteção aos animais saiu tive a ilusão de que estes
passariam a ser tratados de outra maneira. Afinal constato que cada vez
há mais abandonos, há cães que não são chipados, há donos que arrancam o
chip do cão para não serem identificados, enfim, os maus tratos
continuam. Se a lei vale alguma coisa quando um cão é maltratado por
alguém que não o dono, quando de facto a negligência ou
as agressões são feitas por quem deveria cuidar dele a lei acaba por
ser inútil. Diante de alguém que bate num cão, a pressão pode levar a
que simplesmente o cão "desapareça". O cão merece que se goste dele
porque se gosta e não porque a lei obriga. Quem não gosta, nem com a lei
lá vai. Mas as leis não servem de nada? Servem. Mas as mentalidades não
mudam à velocidade da pena do legislador. E já agora essa história de
continuarem a existir canis de abate (mesmo que adocem a realidade com a
eufemística designação de eutanásia) parece-me absolutamente ilegal.
Como se um cão, ao entrar num canil, perdesse todos os direitos. Por
tudo isto há quem defenda que mais vale um cão na rua do que chamar o
canil...
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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