Viviam incentivados a remar muito. Muito tempo, muito esforço, muito
sacrifício. Uns remavam para um lado, outros para outro, volta a meio o
barco em vez de andar para a frente, andava às voltas, mas o importante
era andar sempre a remar. Sempre os mesmos remadores. Uns a ver o quanto
os outros remavam. Para remarem com eles, ou contra eles. Volta e meia
enchia-se o barco. Remavam os mesmos, mas estatisticamente havia mais a
remar. Ventos e tempestades. Sol e acalmia. Remavam sempre. De tempos a
tempos chamam-se os remadores e perguntava-se: então por que raio não
chegamos a lado nenhum? E eles voltavam aos remos. E cada um, à sua
maneira, remava.
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
Comentários
Enviar um comentário
Também divagaram: