Viviam incentivados a remar muito. Muito tempo, muito esforço, muito sacrifício. Uns remavam para um lado, outros para outro, volta a meio o barco em vez de andar para a frente, andava às voltas, mas o importante era andar sempre a remar. Sempre os mesmos remadores. Uns a ver o quanto os outros remavam. Para remarem com eles, ou contra eles. Volta e meia enchia-se o barco. Remavam os mesmos, mas estatisticamente havia mais a remar. Ventos e tempestades. Sol e acalmia. Remavam sempre. De tempos a tempos chamam-se os remadores e perguntava-se: então por que raio não chegamos a lado nenhum? E eles voltavam aos remos. E cada um, à sua maneira, remava.

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