Não há pessoas boas nem pessoas más, dir-me-ão sensatamente. Todos somos
bons e maus e mais ou menos, conforme as circunstâncias, a nossa
capacidade de reação, aqueles que nos rodeiam e aquilo que com eles já
vivemos ou deles presenciamos. Todavia cada vez me convenço mais de que
para certas maldades não há desculpas, por muito que se contextualize
quem as pratica. E no dia-a-dia? Sinto que há pessoas que nos fazem
sentir e ser melhores, mas há aquelas que despertam maus sentimentos,
que nos drenam, que são incapazes de gostar de outros que não de si
próprios e cuja simpatia, quando a há, soa a falso e nos deixa de pé
atrás. Infelizmente acho que não tenho capacidade para viver com elas e
porque nestes casos sou como um espelho que reage na medida do que
reflito, tornando-me igual ao que não gosto, sei que o melhor é a
distância. Há uns 20 anos, confessei este pecado de não conseguir gostar
de toda a gente, e um padre respondeu-me "não tens que gostar de toda a
gente, desde que não faças mal a quem não gostas". Aliviou-me, mas não
me sossegou. ( Ah, pessoas de quem não gosto são muito poucas. Chega-me
uma mão para as contar e sobram dedos...)
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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