
Ontem foi dia de descarregar e empilhar duas toneladas de lenha (pai e
filha mais velha trataram do assunto). Hoje este meu marido hiperativo
está a pintar a casa. Já se nos derreteu o grelhador ( lá fomos comprar
outro) já se substituiu a torneira pingante da cozinha, já se venceu uma
caixa de águas (não vou precisar de que tipo) entupida, já lavei roupa
no tanque ( de casa, que o tanque da aldeia num mês perdeu a água que
tinha), arrancamos ervinhas, colhemos figos, acabamos
de apanhar os abrunhos nos Castelares. Ontem foi dia de batata com
casca. Ao almoço, frita às rodelas finas, ao jantar assadas no forno com
sal e regadas com azeite e alho. O segredo está mesmo nestas batatas
deliciosas da Tia C. que não acha graça nenhuma a esta coisa de se
contar a vida no facebook- e tem razão. Na aldeia o tempo passa devagar e
o dia começa cedo- às sete da manhã passa o primeiro carro a buzinar
rua acima ( penso que será do pão), às oito passa outro (o do peixe).
Os tratores também dão um ar da sua graça. Hoje não há moto 4, a
coqueluche com que os mais jovens ( e não tão jovens) se divertem. As
andorinhas devem chegar entretanto, dormem alinhadas no fio do telefone
da casa do vizinho da frente que está a morar no lar. Os morcegos também
andam às voltas por cá. Moscas, de momento vejo poucas- tenho umas
filhas que herdaram a pontaria certeira da avó e não perdoam- a pá anda
sempre em ação. E assim se tem passado a primeira semana de férias em
família.
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