Cenas do episódio anterior...
Reconquistando -se a terra perdida esta tornou-se pouca, apesar da falta de gente a povoá-la. Digamos que o pessoal se habituara aos treinos e os sofás na altura não eram confortáveis nem havia reality shows para entreter as hostes. E por isto, esta raça lusa, pura mistura de lusitanos, romanos, suevos, visogodos, muçulmanos , e outros mais que aqui não couberam porque a escritora também tem que fazer o jantar, resolveu invadir outras terras...


A pedido de muitas famílias segue, mas atenção que não é fácil inspirar-me com debates eleitorais de música de fundo...

 
Mas que terras? Para onde ir? Fizeram-se cortes ( não são "córtes" mas "côrtes", aquelas reuniões loooooooongas onde entre uns morfos e umas piadas sobre padeiras que aviavam vizinhos também se opinava sobre política e falava das coisas da nação para o rei fingir que ouvia os súbditos- nada de novo, portanto) e um pacífico lusitano achou por bem intervir dizendo :
-Faltam-nos gentes e viandas, vamos para outras terras com quem? Mais nos vale dizermos que o mar é nosso, não teremos quem nos expulse,diremos que Portugal é grande porque é mar!
O rei não era dado a poesias e achou tamanha alarvidade o comentário da destemida criatura que a condenou às galés até ao seu último suspiro. E ele lá gastou peles e osso, tendo morrido com o sonho de reencarnar algures numa época mais evoluída onde os grandes pensassem que ser mar era bom e honroso, a ponto de espalharem a notícia por todo o lado, num enorme mapa azul! Sonhos...
Mas o Rei não estava para perder tempo, agarrou na filharada e seguiram todos alegremente para Ceuta. Ainda pensaram em ir em barcos de borracha, mas como a borracha ainda não tinha sido inventada lá foram em barcas de madeira bem gira e igualmente flutuante. Conquistaram a cidade num piscar de olhos e foi um sucesso! Ficaram com montes de cereais! Quer dizer, os terroristas dos povos que lá moravam resolveram abrir a época dos incêndios mais cedo e pimba, arderam todos. Mas pronto, ainda havia as rotas do oriente que passavam na cidade, e a rota do ouro e da prata... Ops. Não é que os energúmenos dos comerciantes deixaram de passar por lá?
-Bem, - atalhou o rei otimista- pelo menos conquistamos a cidade, aqui manteremos um exército de homens que não temos alimentado pela metrópole, e pago com o dinheiro que nos falta. Mas alegrem-se. Quem sabe se esta conquista não será daqui por 500 anos comemorada como um grande sucesso' Um povo orgulhoso, conquistador e amnésico como o nosso é capaz de tudo!
( e agora vou-me, que a novela já começou...)

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