Confesso que sigo alguns desses blogues onde os pais falam dos filhos,
das conquistas dos filhos, dos seus desafios, dos problemas. Fazem-nos
sentir quase membros da família, sabemos os nomes dos miúdos, se
entraram no conservatório ou andam no futebol, se têm ciúmes dos irmãos,
que segredos trocam com a mãe. Não tem mal nenhum, pensaria eu. Não tem
mal nenhum, diz uma das bloguers que costumo seguir e que cuja fluidez e
boa disposição da escrita cativam facilmente (falo do blogue
Coco na Fralda), tenho filhos bem resolvidos e há muito da nossa vida
que fica fora do blogue. Acredito. Mas dei comigo a pensar: será que eu
gostava que a minha mãe publicasse coisas minhas/nossas numa rede
social? Será que eu gostava de chegar aos 15 anos e encontrar a história
da minha vida nas redes sociais? Eu, que sempre gostei de registos, da
história construída passo a passo nos livros do bebé que fiz para cada
uma das filhas, eu que por vezes escrevo aqui mais do que devia, eu que
muitas vezes acho que não tem mal, dei comigo a concluir que... Não. Eu
não gostava mesmo nada que me expusessem, que contassem coisas minhas ao
mundo. Acho que as crianças têm direito à privacidade, e expô-las,
mesmo com muito amor e humor e seleção de conteúdos, não deixa de ser
expô-las. Até porque um filho não é uma personagem de um blogue, não
pode ser...
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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