Férias

Dizem que não devemos voltar ao sítio onde fomos felizes. Eu fui feliz, ao longo de vários anos, aqui. Há sete ou oito anos que o local de férias tem sido outro, quis o destino que este ano (em que nem sequer contava poder ter férias a cinco) passássemos uma semana aqui. Noutro apartamento, é certo. Mas com vista para a piscina onde a S. aprendeu a nadar, onde as duas deixaram as braçadeiras para poderem mergulhar à vontade com o pai, onde fizeram amigos... À noite, as crianças continuam a brincar às escondidas como antigamente, e ao ouvi-las lembro-me das minhas recomendações do costume: não andem a tocar às campainhas, fiquem sempre juntas, não façam muito barulho. Sabendo que das três, escaparia uma- a de andarem juntas. Como era natural. Na piscina, há rostos que se mantém, misturados com caras novas-como sempre foi. De resto, desapareceu o supermercado da altura (alisuper?), substituído por outros com nomes estrangeiros. As figueiras do caminho continuam generosas. E a paz que invade este local é surpreendente, tendo em conta que a menos de um quilómetro é a confusão total. Claro que devemos voltar ao sítio onde fomos felizes. Por que não? 

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