A escola onde trabalho é conhecida na comunicação social por motivos habitualmente menos felizes. E contudo, é com orgulho que digo que trabalho no Cerco. Têm sido anos de desafios, de conquistas, de avanços e recuos, de turmas difíceis que me obrigaram a dar voltas à imaginação para conseguir chegar até eles, de alunos de uma generosidade imensa, de experiências inesquecíveis. De abraços, de lágrimas, de reclamações, de sermões, de cumplicidades, de olhares, de brincadeiras muito sérias. Ensinaram-me a ser como eles, "à cara podre", que é como quem diz, a dizer o que penso. Ensinaram-me que é possível florescer nas condições mais adversas. Que é possível resistir. Espero ter-lhes ensinado que é preciso não desistir de sonhar e de lutar pelos sonhos. E aproveitar o que cada dia nos dá. E lutarmos por sermos um bocadinho melhores todos os dias. Gostava que se lembrassem de mim como alguém que além de lhes ensinar um bocadinho do mundo, os ajudou a serem pessoas melhores.

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