Quando eu for grande quero ir à Primavera

Dezasseis anos depois de o ter trazido para casa, o livro voltou às mãos de quem o escreveu e voltou às minhas com uma dedicatória. Ouvi-lo é de facto estar sempre a aprender. José Pacheco temperou a seriedade do que contava com um bom humor que lhe é intrínseco para quebrar momentos mais pesados. Provocatório, lança afirmações polémicas, e mostra formas diferentes de aprender. Expressões como "núcleo de projeto", "roteiro de aprendizagem", a passagem "círculo- comunidade- rede", "plataformas de aprendizagem", a importância do "vínculo", a necessidade da criação de uma  "responsabilidade coletiva"e da solidariedade. Enfim, muitas pistas ficaram. Da plateia senti dúvidas, necessidades de uma escola diferente, mágoas daqueles que não se revêm num sistema de ensino do século XVIII (para não ir mais longe). De uma escola que avia paginas de manual e carimba na testa dos alunos números, como se eles fossem as notas que tiram... As suas ideias mudam tudo, muito. Pedem uma forma diferente de gestão, uma nova maneira de ser na comunidade educativa,  os professores são tutores especialistas, não há salas de aula, há grupos de trabalho e há também sessões individuais. Não é um grupo diferente numa escola convencional. É um grupo que é uma escola, porque nele se aprende. Enfim, fiquei com vontade de saber mais sobre o  ecohabitare. E também sobre a comunidade que se está a criar tão perto de mim.

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