Desligar o pensamento e concentrar-me no que me dão os sentidos. As abelhas, os grilos, uns passaritos, um senhor que volta e meia protesta ao longe (com a burra, dizem-me), a brisa que agita as ervas, um serrote que corta os ramos das oliveiras acabadas de podar. As borboletas que começam a aparecer, as flores que enfeitam as árvores, as cerejeiras que secaram apesar dos meus abraços de outros anos, o sol que pede roupa mais fresca, as ovelhas do caminho com quem gosto de falar (porque elas respondem), a falta de fôlego do caminho íngreme e a recompensa da vista ao chegarmos ao destino. A terra não é só a terra. A terra guarda a alma dos que a cuidaram como se fosse um pouco de si. A terra, esta terra, guarda muitas histórias. E já faz parte da minha história também.
As Escolas do Meu Coração- O Cerco do Porto
Depois de, com o meu último post, receber já tantas e tão carinhosas mensagens daqueles que fizeram caminho comigo naquela que também é escola do meu coração, o Cerco, dei comigo a somar recordações em catadupa. Começando pelo início, mentiria se dissesse que não tive receio. Ou que foi muito fácil e tranquilo. Estava num TEIP que por algum motivo o era. Entrar com 11 turmas foi logo um desafio. Só não tinha duas turmas de 9º, todo o 3º ciclo estava comigo. Vantagens: adquiri um vasto conhecimento dos alunos, e pude conhecer a escola antes do choque com os Cursos de Educação e Formação- que não eram desafio menor. Isso e começar a desejar um bom fim-de-semana às 10 horas de segunda-feira (ter as turmas uma vez por semana tem destas coisas). No ano seguinte, quando comecei a trabalhar também com CEFs, parte dos alunos já me conheciam de outro contexto, o que facilitou bastante. Houve turmas muito complicadas, houve momentos em que me pareceu viver numa realidade paralela. Mas apren...
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