Dás-me a receita?

Quando era adolescente, não gostava de dar as receitas dos bolos que fazia. Eram “receitas de família”, por isso sentia que partilha-las era perdê-las. Com o tempo percebi que era mesmo ao contrário, porque cada vez que fazia os bolos da avó, da tia, de uma amiga cujo contacto entretanto perdi, ou até de pessoas que não conheci (mas que eram amigos de quem me deu a receita- como a tarte da Celeste) recordava essas pessoas, evocava-as pelos sabores que nos deixaram, era como se elas estivessem presentes à/ na mesa em dias de festas. E nos outros dias também. Perpetuamo-nos também nas receitas que partilhamos. E até por estas bandas há pessoas que estão já perpetuamente na minha mesa e no meu livro de receitas!

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